Jansport J — Grey

Pedro Pinhel
Original Pinheiros Style
1 min readMar 6, 2024

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Muita coisa nova (e boa) pra ouvir, pouquíssimo tempo pra curtir e relaxar. Tá puxado, mas vamo que vamo. Entre vários discos mais badalados e devidamente enfileirados no aguardo de uma análise mais apropriada, esse aqui em particular me pegou de jeito. O compa Carlos “Rambo Brasileiro” Tico já tinha me chamado a atenção pras produções do angeleno Jansport J lá em 2020, ano de lançamento de Soulfidelity. Gostei mais ainda de Grey, que saiu do forno em fevereiro. Batidas gordas, samples de soul e aquele crispy sound propositalmente postado como uma espécie de cereja do bolo num play 100% instrumental, que ao longo de treze faixas é capaz de fazer o Tarcísio improvisar um freestyle sobre privatizações indevidas, parcerias escusas e tópicos reacionários em geral. Esse trampo tá realmente inspirado, e me fez ficar meio saudoso de uma época em que o rap parecia menos pretensioso e mais redondo. Aquele rap que a gente aprendeu a gostar, e que apadrinhou tudo o que tá na pista hoje em dia — do sublime ao trap. Ah! Nem tente buscar por ‘Jansport J’ no google. Só vai vir anúncio de mochila. Se você der sorte pode encontrar um dos meus links antigos dando sopa por aí.

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